domingo, 30 de maio de 2010

Cultura do "já vai tarde"

Não entendo, nem aceito, esta mania que domina as cerimônias funerais de enterrar correndo os mortos. Ontem, morreu Wilson Melo, ator querido do teatro baiano. Quatro e meia da tarde já estava tudo encerrado. Por que não dar a amigo e parentes o tempo de velar os mortos, sentir a perda e absorver a falta que aquela pessoa vai fazer? Parece vontade de se livrar logo do problema da dor.

Perdi a conta de quantas vezes soube da morte de alguém já com o funeral encerrado. Em outros países, as cerimônias levam dias, até semanas. Dão tempo das pessoas chegarem para prestar as últimas homenagens. Mas, por aqui, estamos na cultura do imediatismo. Não é justo que tratemos nossos mortos com tanta pressa.

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