segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Quem não tem balangandãs....


Fim de semana passado, recebi amigos em casa. Como é tradição, fizemos o city tour em Salvador. Admito que fiquei feliz e surpresa ao ver que o Centro Histórico está melhor do que das últimas vezes que estive por lá com turistas. O pessoal do crack está em menor número, os prédios estão mais bonitinhos, mas ainda há um longo chão.

Uma das coisas que não consigo entender é como a cidade que vende ter uma igreja pra cada dia do ano mantém as portas de seus templos cerradas. Sim, promovemos o turismo religioso, mas quando chegamos na Ordem Primeira de São Francisco, num domingo, a igreja conhecida por ser a mais rica do Brasil estava fechada. A viagem não foi perdida porque a Ordem Terceira, dos leigos franciscanos, recebia visitantes, com um guia muito solícito e tudo. Nos cobrou R$ 20 reais ao fim do tour, tudo bem, mas a explicação valeu a grana. Há dez anos não consigo entrar na Igreja de São Francisco.

Na Santa Casa da Misericórdia, o passeio foi interessante. Vimos o museu, conhecemos seus "benfeitores", mas na hora da Igreja... Fechada porque se preparava para um casamento.

Descemos o Elevador Lacerda - com apenas uma das quatro cabines em funcionamento - que decepciona nove entre dez turistas que apostam ser o ascensor panorâmico. Lá embaixo, Mercado Modelo fechado.

Voltamos para o carro e rumamos para a Colina Sagrada. Não dá para sair de Salvador sem as bênçãos do Nosso Senhor do Bonfim. Lá, uma bela missa cantada. Amarramos fitinhas na grade, compramos souveniers e até garrafinhas de água benta. Valeu a ida.

Me pergunto: como podemos querer que nossos turistas saiam felizes e realizados se nossas atrações não permitem visitas? O que há de errado na política de turismo que não vê que é preciso conversar com Arquidiocese, Associação Comercial, Secretaria de Transportes e mais sei lá quantas entidades para que seja proveitoso vir à Bahia? Daqui a pouco 2014 chega. Vamos ficar no amadorismo?

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