tag:blogger.com,1999:blog-44006317857783568802024-03-13T06:56:56.707-03:00Blog à GabrielaO canto dos meus pitacosGabriela de Paulahttp://www.blogger.com/profile/02673721776935815118noreply@blogger.comBlogger43125tag:blogger.com,1999:blog-4400631785778356880.post-42246385372762540492020-12-06T12:28:00.002-03:002020-12-06T12:28:32.039-03:00Foda-se<p>O menino está entretido no seu brincar e ouve o pedido do adulto "me dê um abraço". Manhoso, responde um não cheio de dengo, vira as costas e corre. O adulto, com toda a sua infantilidade diz por entre os dentes "foda-se".</p><p>Não era a primeira vez que a cena acontecia, mas aquela despertou um incômodo grande. E eu fui em defesa da criança dizendo que não era certo falar daquele jeito. "Eu só estava brincando", defendeu-se logo. Claro que não estava. Aquilo era uma agressão.</p><p>A cena foi ruminada na minha mente até chegar na minha criança e em outros foda-se que recebi. "Não quer me dar abraço? Deixe estar quando quiser alguma coisa de mim." Seguido de muitos "não fez mais do que a obrigação". E muitas coisas fizeram sentido.</p><p>No começo da pandemia, lendo Marshall Rosemberg e seus princípios da comunicação não-violenta, encontrei uma frase que mexeu comigo. Conversando com o filho de 3 anos ele disse: "<b>eu amo você porque você é você</b>". Era exatamente isso.</p><p>Eu tenho marcado à ferro a ideia de que o amor depende de atos, que somos amados por aquilo que fazemos a alguém. Se não fazemos, foda-se. </p><p>Aquele desprezo recebido sempre que eu não atendia às expectativas me levou a uma prisão na qual precisava repetidamente agradar para mimetizar um amor. Mas aquilo não é amor.</p><p>Amor é o que sentimos por alguém pela sua existência, presente ou ausente. Amar você porque você é você. </p><p>Talvez essa seja a chave para eu me libertar desse cárcere em que doar era a única forma que me trazia uma sensação de bem-querer, um afeto no balcão de trocas. Mas essas migalhas não me nutrem mais.</p><p><br /></p>Gabriela de Paulahttp://www.blogger.com/profile/02673721776935815118noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4400631785778356880.post-91086982727130135232020-11-21T10:28:00.003-03:002020-11-21T10:28:28.265-03:00Revisitando meus passos<p>A vida passa e a gente começa a se resumir ao nosso currículo profissional. Contamos uma história na qual parece que só houve de notável aquilo que pode ser usado em uma entrevista de emprego. Mas não é assim.</p><p>Recentemente, fiz 40 anos. Sim, quarentei na quarentena. E esse frio na barriga e a solteirice autoimposta há 3 anos, desde o término de uma relação abusiva, me fizeram ver que o tempo está voando. E que eu, que amo meu trabalho, no leito de morte vou pensar no que deixei de viver. E no que vivi.</p><p>Não posso reclamar de monotonia. Há muito tempo penso em registrar, pra organizar sobretudo em minha cabeça, passos da minha jornada. Dores, amores, feridas, sorrisos. Minha realidade surrealista.</p><p>Mais uma vez, vou tentar começar. Sem promessa, porque muita coisa dói. Mas vou tentar.</p>Gabriela de Paulahttp://www.blogger.com/profile/02673721776935815118noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4400631785778356880.post-25142092639424199352020-03-02T09:05:00.002-03:002020-03-02T09:05:37.413-03:00Coronavírus e a hipocrisia parentalJá tem muita gente falando do despautério que é dar ao COVID-19 o título de cavaleiro do apocalipse com dengue, sarampo, feminicídio e tantas outras formas de morrer disputando para levar nossa alma pro além. Quero narrar outro causo.<br />
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Conheço um pai (dá pra chamar de pai?) que tem sistematicamente postado alardes, avisos, terrores sobre a doença. Sobre o perigo que nos aguarda na esquina e as mais escabrosas teorias da conspiração envolvendo a dominação global e a epidemia.<br />
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O detalhe é que sei, de fonte segura, que esse mesmo que se preocupa com o futuro da humanidade cancelou o plano de saúde dos filhos. Pra completar, mesmo com decisão judicial, não repassa o valor para que a mãe possa manter um seguro para o caso de necessidade de atendimento para aqueles que trouxe ao mundo.<br />
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Fazer furdunço no Facebook é moleza. Quero ver pagar a pensão. Ou, mais raro ainda, limpar a meleca e passar a noite em vigília medindo uma eventual febre dos rebentos que abandonou.<br />
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<br />Gabriela de Paulahttp://www.blogger.com/profile/02673721776935815118noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4400631785778356880.post-31751918125828722152020-03-02T08:54:00.001-03:002020-11-21T10:19:54.345-03:00O roteiro de novelaA vida real não tem compromisso com a verossimilhança. A frase é mais ou menos essa, mas o que vale é o raciocínio, do sempre brilhante professor Wilson Gomes.<br />
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Reativei esse blog para contar as crônicas, causos, vivências de amigos (e algumas minhas) que de tão surreais parecem ter saído da cabeça de um escritor que tomou umas pancadas. Se estivessem em uma obra ficcional, os críticos seriam severos: a obra é uma farsa.<br />
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Arthur Rimbaud já dizia que a vida é uma farsa a ser levada por todos. Na minha inocência, achava que era só uma frase bonita. Mas só há lógica na ficção.<br />
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Por isso, vou registrar e narrar (com umas pitadas de invenção pra ajudar a preservar a identidade das personagens) os fatos mais insanos, mais hollywoodianos, mais farsescos, ridículos, absurdos, non-sente, bizarros, cretinos que me contam por aí.<br />
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Como repórter e ouvidora de histórias, vou tomar o papel novamente de contadora.<br />
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Faço sem a expectativa de alguém me ler. Faço para tirar de mim esse emaranhado de vidas.<br />
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Ao leitor eventual, não espere método, lógica ou técnica. Vai ser como for.<br />
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Em tempo: não pedi autorização de ninguém. Se você é meu amigo e sentir-se exposto, venha falar comigo. A ideia não é essa.Gabriela de Paulahttp://www.blogger.com/profile/02673721776935815118noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4400631785778356880.post-23323710386070367562011-09-12T00:30:00.002-03:002011-09-12T00:31:57.753-03:00Não há nada como o tempo para passarAi, Vininha. Será que o tempo faz mesmo as coisas passarem? Ou será que as nódoas se tornam perenes e nunca mais poderão ser removidas? Quanto tempo, nada passa. Que nada. Passo eu.Gabriela de Paulahttp://www.blogger.com/profile/02673721776935815118noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4400631785778356880.post-58748223629964261242011-04-23T15:57:00.001-03:002011-04-23T15:57:37.912-03:00Quando eu ganhar uns milhões<span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 22px; ">Nem joias, nem carros, nem luxo. Quando eu ganhar uns milhões, vou me presentear de reencontros. Vou reunir a grande lista de pessoas queridas e gastar a minha fortuna jogando conversa fora, rindo e ouvindo. Terei por perto aqueles que a vida foi levando para longe e aqueles de quem o destino me fez distante. Será uma volta ao mundo com pousos de sorrisos e abraços. E quando eu tiver gasto cada centavo, serei a pessoa mais rica do mundo, com o coração cheio da fortuna que ninguém pode saquear.</span>Gabriela de Paulahttp://www.blogger.com/profile/02673721776935815118noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-4400631785778356880.post-42257528602230301902011-04-22T22:20:00.000-03:002011-04-22T22:20:48.549-03:00Inbloglio: Como avaliamos o julgamento alheio<a href="http://inbloglio.blogspot.com/2011/04/julgamento-alheio.html?spref=bl">Inbloglio: Como avaliamos o julgamento alheio</a>: "A neurocientista Rebeca Saxe dá um show ao explicar como as pesquisas demonstram a forma como desenvolvemos a capacidade de interpretar - e ..."Gabriela de Paulahttp://www.blogger.com/profile/02673721776935815118noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4400631785778356880.post-28624698908292966092011-04-08T22:11:00.004-03:002011-04-08T22:20:14.436-03:00Extra! Extra! Salário de jornalista parece de jornaleiro<div><br /></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: arial; font-size: small; color: rgb(51, 51, 51); font-weight: bold; line-height: 18px; ">Republico, abaixo, um texto meu de 2007. Infelizmente, permanece atual. Para fechar a semana do Dia do Jornalista.</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: arial; font-size: small; color: rgb(51, 51, 51); font-weight: bold; line-height: 18px; "><br /></span></div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggs3ZD0V93JRl5Aj_kHDnq6BSJc30ar1x0z6KvhlMFPRp7mdcwbmuMMCsJPzPCR7X4Hhl8-Xm9lgcItwrl8lWLdEWjkOWdJsrafoPIsaJBzyhEZ80pJmk6BFGmzh8fNwdEZ9ZFCAEvDVid/s1600/petereclark.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 258px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggs3ZD0V93JRl5Aj_kHDnq6BSJc30ar1x0z6KvhlMFPRp7mdcwbmuMMCsJPzPCR7X4Hhl8-Xm9lgcItwrl8lWLdEWjkOWdJsrafoPIsaJBzyhEZ80pJmk6BFGmzh8fNwdEZ9ZFCAEvDVid/s320/petereclark.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5593385777531682418" /></a><span class="Apple-style-span" style=" color: rgb(51, 51, 51); line-height: 18px; font-family:arial;font-size:11px;"><div><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><b><br /></b></span></div><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Quarto Poder, símbolo da liberdade de informação, fiscalizador dos poderes públicos e privados. Profissionais que têm acesso a qualquer pessoa no top 10 das listas de ricos, famosos e poderosos. Formadores e deformadores da opinião pública. Esta é a imagem idealizada que o senso comum tem dos jornalistas, cheia de glamour. Mas a realidade da estúpida maioria dos trabalhadores de televisões, jornais, rádios e revistas não chega nem perto desse mundo da Fantasia.<br /><br />Pra quem não é da área, vou trocar em miúdos usando o exemplo de dois dos jornalistas mais importantes do mundo: Superman e Homem-Aranha. Na redação do Planeta Diário, provavelmente a mais famosa da ficção pop, há aquele glamour. Claro que há a sede pelo furo, pela notícia em primeira mão, mas Louis Lane e Clark Kent sempre conseguem um prazo extra, verba para matérias investigativas e independência para trabalhar – em dupla! Mais: moram bem, estão sempre elegantemente vestidos, podem pegar táxi à vontade e nunca reclamam de maus salários. A folga é tanta que Superman sempre consegue um tempinho pra dar uma escapada e salvar o mundo dentro do horário de trabalho.<br /><br />O oposto disso é o ambiente no Clarim Diário, muito mais próximo da chamada “vida real”. Peter Parker se lasca, dá tudo de si pra conseguir as melhores fotos do Homem-Aranha (afinal, ninguém sabe que pra ele é fácil, né?), entrega material pra lá de exclusivo e o que recebe em troca? Baforadas de charuto, mau humor do editor J. J. Jameson e não mais de vinte dólares pelas imagens.<br /><br />Saindo do mundo dos quadrinhos e voltando à terra de todos os santos, nossa realidade é seguinte. O piso salarial de jornalistas e radialistas é menor que de motoristas de ônibus, operários qualificados da construção civil, pedreiros e até dos ganhos de alguns bóias-frias.<br /><br />Não acreditou? No jornal Tribuna da Bahia há quem ganhe R$ 681. Os salários do Correio da Bahia começam em R$ 1.000 e no jornal A Tarde, que luxo, R$ 1.320,28. Já o piso para radialistas é de R$ 750. <i>(nota da blogueira - os valores de 2007 pra cá não mudaram muito - A Tarde R$ 1.496,25, Correio R$ 1.450,00, Tribuna R$ 1.250,00 e dos radialistas R$ 930,00 - dados dos sites dos sindicatos)</i><br /><br />Pra comparar, a base para motoristas de ônibus é R$ 1.021, do operário qualificado R$ 718 e do pedreiro R$ 682. E o bóia-fria pode levar R$ 800 pra casa, depois de um duro danado.<br /><br />Antes que alguém venha berrar que estamos pregando a segregação social ou falar da insalubridade ou periculosidade de algumas das profissões citadas é bom lembrar o que faz um jornalista. Sabendo que todo profissional tem muito valor para a sociedade, os citados neste artigo ou não, vamos falar da nossa praia. O trabalho com a informação que vai chegar a milhões de pessoas é de extrema responsabilidade e exige, pelo menos 17 anos de estudo (até o diploma de graduação). Além disso, a Federação Internacional de Jornalistas afirma que 150 profissionais de mídia foram mortos enquanto trabalhavam em 2005. Nos quatro anos de ocupação no Iraque, por exemplo, são 200 mortos.<br /><br />Se você acha que Bagdá não é aqui, é bom lembrar que a repórter da Band Nadja Haddad recebeu uma bala de fuzil no abdome enquanto trabalhava no Rio. Tim Lopes foi torturado e morto e Guilherme Portanova foi seqüestrado pelo PCC em São Paulo. Repórteres do Rio hoje saem para trabalhar com colete à prova de balas e, na Bahia, coronel matar profissional de comunicação no interior é cotidiano e banal.<br /><br />Há também nas redações muitos estagiários fazendo papel de profissional – praga, aliás, que infesta as mais diversas categorias. Quando consegue ser efetivado, dificilmente um repórter de Salvador ganha mais de R$ 1.500 por mês. Mesmo os mais experientes. Os que entram na exceção – e realmente ganham perto daquilo que se imagina por aí que é pago a todos que põe a carinha, bonita ou não, na TV ou o nominho no periódico –, são contratados como Pessoa Jurídica, sem direito trabalhista algum.<br /><br />Sem querer justificar atitudes dos colegas que acham que ética é uma palavra que só deve ser usada como contraponto naquelas matérias de meter pau em político corrupto, a promiscuidade é grande. São repórteres de esporte donos de passes de atleta, jornalistas da editoria de política que fazem assessoria a deputado no turno oposto ou aqueles que recebem jabá aberto, grana mesmo pra usar a “objetividade jornalística” a favor de alguém. Fato é que, entre os honestos, é preciso procurar mais de um trabalho ou fazer “frila”, trabalhinho free-lance pra não ficar no vermelho no fim do mês.<br /><br />Profissionais de nível superior e com status social de verdadeiros formadores de opinião, os jornalistas tentam com todas as forças manter a pose, ou pelo menos a dignidade. Convivendo com a crema de la crema é vital sustentar a imagem de que faz parte do extrato social, do topo da pirâmide. Aí entra o lado queixão do jornalista. Sempre em busca do convite, da boca-livre e do brinde. Ou cair pra carteirada mesmo, que cada vez cola menos. Os poderosos já começaram a ver que jornalistas não são tão poderosos assim. São de uma sub-classe.<br /><br />Se você fica desconfiado de um dentista, médico ou advogado que cobra barato demais pela lógica de que “quando a esmola é demais, o santo desconfia”, porque então acredita piamente nas informações contadas por quem é sub-remunerado? Sei não...</span></span>Gabriela de Paulahttp://www.blogger.com/profile/02673721776935815118noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-4400631785778356880.post-20508184695058805422011-04-01T10:45:00.002-03:002011-04-01T10:52:44.014-03:00Competitividade, covardia e outros bichosEstou meio filosófica, então me permitam pensar sobre as coisas que tenho visto.<br /><br />Se eu pudesse definir o comportamento da maioria das minha pessoas do meu entorno, usaria uma famosa frase do baianês:<span style="font-weight: bold;"> farinha pouca, meu pirão primeiro</span>. Solidariedade, companheirismo e parceria são palavras fora de moda no discurso dos atos.<br /><br />Tenho me supreendido negativamente com o nível de egoísmo. Por que fazer algo por alguém se isso pode me colocar em risco? Por que proteger quem eu acho que merece, se isso vai exigir esforços da minha parte? O medo tomou conta das pessoas num momento em que nossa História parece marcada pela liberdade, democracia e oportunidade. Sentem-se acuados e como bichos diante da tempestade, recolhem-se às cavernas.<br /><br />Acordei hoje com um trechinho de <a href="http://www.youtube.com/watch?v=My_OsqkDSjs">Milton Nascimento</a>, como disco riscado em minha mente.<br /><br />"Pois não posso<br />Não devo<br />Não quero<br />Viver como toda essa gente<br />Insiste em viver<br /><span style="font-weight: bold;">E não posso aceitar sossegado</span><br /><span style="font-weight: bold;">Qualquer sacanagem ser coisa normal</span>"<br /><br />A competitividade tem impelido os mais fracos a atitudes egoístas e covardes. Que pena. Este caminho parece tranquilo, mas é bem curto.<br /><br /><h6 class="uiStreamMessage" ft="{"type":"msg"}"><span class="messageBody"><a href="http://www.youtube.com/watch?v=My_OsqkDSjs" onmousedown="'UntrustedLink.bootstrap($(this)," rel="nofollow" target="_blank"><span><br /></span></a></span></h6>Gabriela de Paulahttp://www.blogger.com/profile/02673721776935815118noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4400631785778356880.post-14813856643731189812011-04-01T08:19:00.002-03:002011-04-01T08:23:09.989-03:00Azul da cor do sorriso<span class="Apple-style-span" style="color:#000066;">Amanhã, 2 de abril, é Dia Mundial da Consciência do Autismo. Como esta é uma condição que atinge mais meninos que meninas, este ano estamos sendo chamados a usar azul. Em homenagem a meu irmão Gabriel e a todos aqueles que lutam diariamente para serem incluídos, colori o canto dos meus pitacos de azul.</span><div><span class="Apple-style-span" style="color:#000066;"><br /></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="color:#000066;">Que tal aderir? Alles Blau? Tudo Azul?</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="color:#000066;"><br /></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="color:#000066;">Quer saber mais? Dá um pulinho no </span><a href="http://cronicaautista.blogspot.com/2011/03/azul.html"><span class="Apple-style-span" style="color:#000066;">Crônica Autista</span></a><span class="Apple-style-span" style="color:#000066;">.</span></div><div><br /></div>Gabriela de Paulahttp://www.blogger.com/profile/02673721776935815118noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4400631785778356880.post-10836383736508667712011-02-22T10:13:00.003-03:002011-02-22T10:22:19.825-03:00Ódio ao desperdícioReduzir, Reutilizar, Reciclar. Os três erres do discurso ecochato (sou ecochata, então me sinto livre pra usar o termo) deveria ser expandidos a muitas outras searas, indo além dos saquinhos plásticos (há anos digo "não, obrigada" aos saquinhos) e às garrafas pet.<br /><br />Parece complicado, mas não é. Atire a primeira pedra quem não quis dizer um palavrão por ter que<span style="font-weight: bold;"> executar uma tarefa que sabe ser inútil</span>. É o nosso primeiro erre. Para fazer uso racional da matéria-prima "inteligência humana" só deveria ser<span style="font-weight: bold;"> demandado o necessário</span>, sem sobrecargas.<br /><br />O segundo erre também não fere em nada o resultado. Se já temos um determinado estudo ou produto feito, de boa qualidade, porque fazer outro? Só pelo <span style="font-weight: bold;">prazer inútil do ineditismo</span> em detrimento da qualidade do resultado? Melhor um bom reutilizado que um meia-boca novo.<br /><br />O último erre é um prêmio para os profissionais e só se precisa chegar a ele se os outros dois não foram bem colocados em prática (igualzinho às nossas sacolinhas de plástico). Pegar o que está feito, dar uma roupagem nova e poupar esforços inúteis.<br /><br />Mas pior do que todos estes desperdícios, é quando alguém executa uma tarefa que não vai dar em nada. Leva horas de seu <span style="font-weight: bold;">esforço mental</span>, energia elétrica, telefone, papel... Para fazer algo que vai parar no lixo. É como confeitar um bolo que nunca vai sair da cozinha no dia da festa.<br /><br />Vamos repensar os modelos de gestão?Gabriela de Paulahttp://www.blogger.com/profile/02673721776935815118noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4400631785778356880.post-65918526729469007152011-02-20T08:40:00.003-03:002011-02-20T09:06:12.629-03:00Cinzel e martelo<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRi0OK_dwGHkUpSssIcAsBXcuEOoeVulKloJ2ENfDjMVkBQ_4Gs73CVfS-jbrYmAscq3yGue8wkHX5y0TKrGFEd3A4WTVfJAiLjGQK-SXMu6ClcHpkApqAbAqSEVYtCNcADM068udN3Wlc/s1600/michelangelo-biography-8.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 257px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRi0OK_dwGHkUpSssIcAsBXcuEOoeVulKloJ2ENfDjMVkBQ_4Gs73CVfS-jbrYmAscq3yGue8wkHX5y0TKrGFEd3A4WTVfJAiLjGQK-SXMu6ClcHpkApqAbAqSEVYtCNcADM068udN3Wlc/s320/michelangelo-biography-8.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5575740190116056146" /></a><br /><div><br /></div>Meu jovem pai (sim jovem, completou 50 anos há pouco) sempre repete um pensamento do qual gosto muito: a tecnologia nos dá apenas ferramentas, nós que precisamos saber como usá-las. A ideia é a seguinte, ele diz. <b>Michelangelo fez a perfeita estátua de Davi usando cinzel e martelo.</b><div><br /></div><div>Eis a questão que me atormenta. Cansamos de ver (ler e ouvir) notícias de que um novo equipamento, a TV 3D, uma câmera que faz tudo sozinha - como identificar convidados e fotografá-los em uma festa, um novo software que permite novas alterações em imagens, etc, etc, etc <b>vão ocupar o lugar das pessoas em funções criativas<span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;">, ou melhor, que qualquer um poderá exercê-las</span></b>. Me desculpem os apocalípticos, até porque não sou da seara dos integrados, mas não é bem assim que a banda toca.</div><div><br /></div><div>A cada dia vejo mais coisa <b>mal feita com alta tecnologia</b>. Filmes que desperdiçam milhões e milhões para resultados medíocres. Cartazes, folders e revistas diagramados porcamente em softwares avançados. Músicas indescritíveis de tão ruins que usaram o que há de melhor em estúdios para serem gravadas. E, principalmente, péssimos produtos feitos por gente que têm acesso a estes instrumentos, mas não têm a capacidade de criar.</div><div><br /></div><div>O que digo aqui não é novo e não tenho a pretensão de dizer que trago uma luz sobre algo que estava escondido. Sei que há muitos bons pensadores sobre o mundo contemporâneo (sou só uma pitaqueira) que já expressaram isso aqui muito melhor que eu. Mas como disse no começo, são discursos que me atormentam.</div><div><br /></div><div>Quando vejo alguns temerem a desvalorização das profissões criativas (diretores de arte, fotógrafos e cineastas, por exemplo) com a popularização de acesso às ferramentas para execução destes produtos, lembro sempre que Final Cut, Photoshop, In Design, 3D Studio Max, câmera HD... Tudo isso é cinzel e martelo. E são poucos aqueles que podem ter a honra de <b>varrer a poeira de mármore</b> num galpão onde trabalha Michelangelo.</div><div><br /></div><div>Há cada vez mais gente que oferece serviços de comunicação, só pra falar da minha área, porque tem os equipamentos certos, mas que entrega <b>produtos que são de chorar</b>. Tenho visto cada vídeo institucional por aí que só lamentando. Não é porque você tem uma câmera na mão e uma ideia na cabeça que se tornou Glauber Rocha (e olha que eu não sou fã dele).</div><div><br /></div><div>Sobre a desvalorização do mercado, que está de assustar, eu deixo pra dar um pitaco depois.<br /><div><br /><div><br /></div><div><br /></div><div>Falei do meu pai. Quer conhecer o Miro? Ele tem dois blogs:</div><div><br /></div><div><a href="http://inbloglio.blogspot.com/">Inbloglio - onde ele coloca um pouco de tudo</a></div><div><br /></div><div><a href="http://cronicaautista.blogspot.com/">Crônica Autista - onde recolhe informações sobre autismo de todo o mundo</a></div></div></div>Gabriela de Paulahttp://www.blogger.com/profile/02673721776935815118noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4400631785778356880.post-1510545999961273362011-02-18T11:28:00.003-03:002011-02-18T11:35:50.002-03:00Olhar sobre a tecnologia<div style="text-align: center;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9v3v7rtpZrIFvrf0u4YS5EOdNl0FEl7RupeOwBVn7tMGLl9qNqF1HfyR_8UKg31fVmwfFIFRBRcX-omthz7b5skhFfzMR1fXVrQw8q9t02ihA0MV4nlJ8u056yMwXvPAHPYdwELSKeG90/s1600/maquina+de+escrever.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9v3v7rtpZrIFvrf0u4YS5EOdNl0FEl7RupeOwBVn7tMGLl9qNqF1HfyR_8UKg31fVmwfFIFRBRcX-omthz7b5skhFfzMR1fXVrQw8q9t02ihA0MV4nlJ8u056yMwXvPAHPYdwELSKeG90/s320/maquina+de+escrever.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5575037806526578706" border="0" /></a><span style="font-style: italic;">A máquina de meu avô era bem parecida com esta</span><br /></div><br />Muitos anos atrás, uma amiga esteve lá em casa. Ela levava a filha pequena, de 5 anos, para me visitar. À época, no aparador da sala, descansava quase que como um monumento, a <span style="font-weight: bold;">antiga máquina de escrever</span> que pertencera a meu avô Argemiro, que por poucos meses não pude conhecer.<br /><br />Intrigada, a pequena olhava aquele equipamento com as teclinhas redondas e botões suspensos em finos ferrinhos. Perguntei: "quer ver como funciona"? Ao receber um sinal de positivo com a cabeça tratei de colocar o papel, enrolar e estimulá-la: "vá, agora escreva seu nome".<br /><br />Depois de apertar uma letrinha após a outra com os olhos brilhando ela me fita e responde: "nossa, <span style="font-weight: bold;">esse computador já sai na impressora</span>".<br /><br />Não é que ele estava certa?Gabriela de Paulahttp://www.blogger.com/profile/02673721776935815118noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-4400631785778356880.post-67239083639747019012011-02-17T12:29:00.003-03:002011-02-17T12:42:24.135-03:00Sobre a "dôtôrização"Algumas coisas nesta vida me dão calafrios. Uma delas é o que chamo de "<span style="font-weight: bold;">dôtôrização</span>". Com a licença dos gramáticos, é assim mesmo, com os dois acentos. Você já deve ter passado por uma dessas. Alguém liga pra você, de preferência de um órgão público, e avisa que <span style="font-weight: bold;">Dôtô Fulano</span> está na linha. Sim, Dôtô. Porque doutor é quem tem doutorado, com tese aprovada em banca examinadora ou honoris causa. Ou, por força do hábito, médicos e juizes, vá lá.<br /><br />Mas como posso admitir que alguém que fez um primário porcamente feito só porque está no alto da hierarquia de empresa ou entidade seja alçado a doutor? Isso me lembra o antido Coroné, tão presente na literatura do Século XX. É isso! <span style="font-weight: bold;">O Dôtô é o Coroné do Século XXI</span>. É a <span style="font-style: italic;">otoridade</span>.<br /><br />A síndrome do pequeno poder faz isso. E as pessoas não se dão conta da breguice. Pegue-se tentando chamar o Deputado Tiririca (é, o título de deputado ele tem, fazer o quê), de Dôtô Tiririca. Fica feio né?<br /><br />As pessoas têm cargos e títulos, de verdade, que podem ser usadas como pronome: deputado, secretário, ministro, superintendente, vereador, delegado, desembargador... Pra quê dôtô?<br /><br />Fico refletindo qual será o próximo título que entrará na moda. Com a desvalorização do conhecimento, chamar alguém de doutor (ou dôtô) vai ficar démodé. E termos que recorrer a um novo. Alguém se habilita a fazer a previsão?Gabriela de Paulahttp://www.blogger.com/profile/02673721776935815118noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4400631785778356880.post-83104893865233808482011-02-13T16:01:00.004-03:002011-02-13T16:47:51.066-03:00Outros carnavais<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2PAxpCs2L1e-hGRcFEbnsC4Kva7mEKExjDByGY0itV3t1Yf1ALeJbpn-ZAzEIC2Y5D1iwe53x0i3mpm58u3f_qhapowh1GkzZc1j6Tf2VhyfdcNP2kgrmMbFNlBzZDpYtl0XZw8lAhtb-/s1600/Carnaval_Maragojipe1a.jpg"><br /></a><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJFIoqqh5f48trm414Vntny1PtwXhB2oOjRUyB38Vg02chB9cByMTyuAHvfVkkA4El70LoONjaXsmFEzSapmV8-FmOHq7Bi33ZjIg5vEO5R3EXJnO1mDn-qKJmdT8ITZvEEwFNkT71EIKZ/s1600/Carnaval_Maragojipe4a.jpg"><img style="display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center; cursor: pointer; width: 214px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJFIoqqh5f48trm414Vntny1PtwXhB2oOjRUyB38Vg02chB9cByMTyuAHvfVkkA4El70LoONjaXsmFEzSapmV8-FmOHq7Bi33ZjIg5vEO5R3EXJnO1mDn-qKJmdT8ITZvEEwFNkT71EIKZ/s320/Carnaval_Maragojipe4a.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5573262928253747154" border="0" /></a><br />Sem trios elétricos, com muita fantasia.<br /><br />No carnaval de Maragojipe, as estrelas são as pessoas do local, que se enfeitam e se produzem para brilhar no sol do Recôncavo.<br />Esta é uma festa realmente democrática, com as máscaras e caretas pelas ruas em grupos de amigos, famílias ou foliões solitários. Sem cordas ou separações.<br /><br />Este clima especial é retratado no documentário <a href="http://www.youtube.com/watch?v=G1Q1ihKXNhQ">No Ilê das Máscaras</a> dirigido por Antonio Pastori. Hoje (13 de fevereiro), a partir das sete da noite, a TVE mostra a primeira como preparação do carnaval. É o trecho mais festivo do documentário. A outra parte, mais sentimental, será exibida domingo que vem, no mesmo horário. É bom pra conhecer um outro carnaval da Bahia.<br /><br />Se quiser sentir o gostinho, dê um pulo no canal da Casa do Verso no YouTube: <a href="http://www.blogger.com/www.youtube.com/user/casadoverso">www.youtube.com/user/casadoverso</a> .<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2PAxpCs2L1e-hGRcFEbnsC4Kva7mEKExjDByGY0itV3t1Yf1ALeJbpn-ZAzEIC2Y5D1iwe53x0i3mpm58u3f_qhapowh1GkzZc1j6Tf2VhyfdcNP2kgrmMbFNlBzZDpYtl0XZw8lAhtb-/s1600/Carnaval_Maragojipe1a.jpg"><img style="display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 213px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2PAxpCs2L1e-hGRcFEbnsC4Kva7mEKExjDByGY0itV3t1Yf1ALeJbpn-ZAzEIC2Y5D1iwe53x0i3mpm58u3f_qhapowh1GkzZc1j6Tf2VhyfdcNP2kgrmMbFNlBzZDpYtl0XZw8lAhtb-/s320/Carnaval_Maragojipe1a.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5573263003165122386" border="0" /></a><span style="font-style: italic;">As fotos desta postagem são de Júnior de Major.</span>Gabriela de Paulahttp://www.blogger.com/profile/02673721776935815118noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4400631785778356880.post-48216157831272160452011-02-13T15:48:00.003-03:002011-02-13T16:01:24.064-03:00Jornalismo empresarial ou comercialNão somos ingênuos: toda empresa <span style="font-weight: bold;">tem seus interesses</span>, seus valores, suas metas, seus parceiros. Mas o principal interesse de uma grande empresa deveria ser o de permanecer viva.<br /><br />Quando calouros, ainda esquentando os bancos da universidade, os futuros jornalistas aprendem que o jornalismo empresarial <span style="font-weight: bold;">capta audiência para vendê-la aos anunciantes</span>. Bem simples, não? Você convence parte do público que o seu conteúdo é interessante e ele vai consumir aquelas informações. Mais gente vendo, melhor para quem coloca as propagandas entre uma e outra notícia. Um dos valores que tradicionalmente mais manteve a fidelidade da audiência é a <span style="font-weight: bold;">credibilidade da informação</span>.<br /><br />Mas não é de hoje que esta situação mudou. Vemos pautas que causam estranheza dentro dos noticiários e outros assuntos, que movem quem passa pela cidade, ausentes dos periódicos. O problema é que muitos dos profissionais de vendas usam a máxima de "o cliente tem sempre a razão" de maneira danosa ao bom jornalismo e misturam setores que deveriam ser completamente distanciados. E as redações se tornam <span style="font-weight: bold;">setores anexos ao comercial</span>. Pode até parecer num primeiro momento que isto deixa o anunciante feliz, mas isto é ilusório.<br /><br />Como agradar concorrentes? Como se omitir de assuntos que palpitam entre as pessoas? Qual o preço em não colocar a noticiabilidade acima das trocas diretas?<br /><br />Existem publicações de <span style="font-weight: bold;">classificados</span>, muitas distribuídas em sinaleiras. Isso não é jornalismo. E não desperta interesse do leito. Se não acordarmos, estamos todos fadados a enfeitar papel de <span style="font-weight: bold;">enrolar peixe</span>.Gabriela de Paulahttp://www.blogger.com/profile/02673721776935815118noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4400631785778356880.post-15520548271616421942011-01-05T11:17:00.002-03:002011-01-05T11:29:38.032-03:00MarasmoTodo ano é assim. Quando janeiro chega, tudo para. Nós, pobres mortais que seguimos com a rotina da semana inglesa, somos cobrados porque não entramos no clima de verão. Todos querem um banho de mar, uma balada à noite e um distendimento no tempo do lazer. Mas nós, pobres operários, continuamos a apertar os nossos parafusos.<br /><br />O problema é que a matéria-prima do trabalho jornalístico é justamente o fato noticioso. E aí, começa o<span style="font-weight: bold;"> complexo Marina Lima</span> do jornalista no verão. "Eu espero / Acontecimentos / Só que quando anoitece / É festa no outro apartamento".<br /><br />Ao lado da culpa de não poder curtir com os amigos a boa boemia, vivemos o conflito de não encontrar nada que preste para levar a nossos leitores, ouvintes e telespectadores. Fazer o quê?<br /><br />A cada dia vivido em redação tenho mudado minha forma de ver os <span style="font-weight: bold;">critérios de noticiabilidade</span>. Aprendemos, nas salas de aulas em busca do tão desprestigiado diploma de Comunicação, que quanto proximidade, impacto, drama humano, desastres naturais... são coisas que despertam o interesse do consumidor de informação. Mas é na redação que aprendemos que este valor não é absoluto: é <span style="font-weight: bold;">relativo</span>.<br /><br />Explico: em tempos de vacas magras, qualquer criatura que se tranca num porta-malas por três dias merece render manchetes por uma semana. O destino de Ronaldinho vira página inteira. A roupa da vice-primeira-dama ponto de debate na bancada do horário nobre. E as doenças de verão surgem em todo o noticiário, como se reservassem algo de novo este ano. É a escassez, amigo.<br /><br />Por isso, preciso agradecer ao prefeito de Salvador, <span style="font-weight: bold;">João Henrique Carneiro</span>. Sem sua reforma repentina e devastadora de secretariado, não sei o que seria destes meus últimos dias. Mas como nem todo mundo tem um João, lamento pelos colegas de outras praças.Gabriela de Paulahttp://www.blogger.com/profile/02673721776935815118noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4400631785778356880.post-10495450598729383722010-12-30T13:53:00.007-03:002010-12-30T14:44:14.142-03:00Cara-de-pau e o quarto poderHá casos que são demais: ontem, o italiano Gregório Olittierri, de 65 anos, foi assassinato na pousada da qual era dono, na Rua João Pondé, na Barra. Assim que as equipes de imprensa chegaram, um grupo aglomerava-se na porta e muitos se dispuseram<span style="font-weight: bold;"> a dar entrevistas</span> sobre o que viram e ouviram. Um deles, o<span style="font-weight: bold;"> pintor Luciano Bonfim</span>, prontificou-se a falar e disse ter ouvido gritos vindos do quarto.<br /><br />Deve ter ouvido mesmo. Horas depois, a <a href="http://www.correio24horas.com.br/noticias/detalhes/detalhes-2/artigo/pintor-confessa-ter-matado-italiano-dono-de-pousada-na-barra/">polícia apresentava</a> o mesmo cidadão como <span style="font-weight: bold;">réu confesso</span>. O motivo? Desentendimentos antes de uma relação sexual. O que me espanta é que esta não foi nem a primeira, nem a última vez que a imprensa ouve a fonte errada. Neste caso, os repórteres não tinham bola de cristal, mas talvez um faro mais observador ou uma conversa com os peritos que estavam no local poderiam ter evitado a saia-justa.<br /><br />Uma máxima dos romances policiais reza que o criminoso sempre volta ao local do crime. Acho que aos colegas, com a pesada rotina e a dificuldade de aprofundar a pauta com a redação ligando e dizendo "volta logo com a matéria", precisam voltar a ter o tal do <span style="font-weight: bold;">faro investigativo</span>. Senão, vão tomar cada vez mais baile de fontes.<br /><br />Lembra do caso da Linha Amarela? Quando houve o acidente do Metrô, <span style="font-weight: bold;">um falso engenheiro</span>, Rogério de Almeida deu entrevista a várias TVs e jornais. O âncora da Band, Ricardo Boechat, <a href="http://www.youtube.com/watch?v=l504uYnOLLM">precisou pedir desculpas</a>. Assim, a tão prezada credibilidade vai para as cucuias.Gabriela de Paulahttp://www.blogger.com/profile/02673721776935815118noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4400631785778356880.post-21426755351871679362010-12-28T16:29:00.004-03:002010-12-28T16:55:24.268-03:00Fazer 30 anosMuitos dos meus bons amigos são nascidos em 1980. Para vocês, ao fim desde 2010, dedico a poesia de Affonso Romano Sant´Anna. (na voz de Juca de Oliveira, direto do quadro <a href="http://bandnewsfm.band.com.br/colunista.asp?ID=146">Devaneio</a>, na Band News FM.<br /><br /><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dyzNgvBdP_dDPS14WhH_IW1dtvJjOTXzr38GQY-5gqt3RE0DGH5Yw--Wp9yavMOdXC9I9KU4_V6zlIUz0amhQ' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe>Gabriela de Paulahttp://www.blogger.com/profile/02673721776935815118noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4400631785778356880.post-39670273636128703832010-12-28T10:12:00.002-03:002010-12-28T10:20:26.687-03:00Papai é geekEu não posso me encaixar no perfil de filhos que dão socorro aos pais com o bê-a-bá da tecnologia. Não por mim, mas poque papai é um geek. Foi ele quem me apresentou html, altavista, internet, conexão discada, blog... É ligado nisso tudo. Minha mãe se vira bem, também. Mas sei que eles são uma completa exceção.<br /><br />Se você é daqueles que precisa dar este <span style="font-weight: bold;">suporte técnico</span> familiar, seus problemas acabaram! O site <a href="www.teachparentstech.org">www.teachparentstech.org</a> traz uma série de dicas do pessoal do Google para trocar fundo de tela, anexar arquivo.<br /><br />Divirtam-se e dividam!<br /><br />(novidade via <a href="http://guiadoscuriosos.com.br">Marcelo Duarte</a>)Gabriela de Paulahttp://www.blogger.com/profile/02673721776935815118noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4400631785778356880.post-58846728534444879652010-12-27T19:27:00.002-03:002010-12-27T19:31:20.952-03:00Horário de verão, por que não?<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7FmwopZA8MmKO-DuZGHGTQLOdPyq-woZVY_e-2KhIRE87Mbx5FHHWYWrAj7lAQYhYEdi3qOj1e97ob5tkAXDbiYCE-ZACZctWpkVrbRQmTpR-juMky2c5TorBf_-xzNFb3wTgXzE3C8ry/s1600/25122010202.jpg"><img style="display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center; cursor: pointer; width: 400px; height: 300px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7FmwopZA8MmKO-DuZGHGTQLOdPyq-woZVY_e-2KhIRE87Mbx5FHHWYWrAj7lAQYhYEdi3qOj1e97ob5tkAXDbiYCE-ZACZctWpkVrbRQmTpR-juMky2c5TorBf_-xzNFb3wTgXzE3C8ry/s400/25122010202.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5555492368889378834" border="0" /></a>Eram 4h45 da manhã de Natal. Não vi Papai Noel com suas renas, mas vi que o <span style="font-weight: bold;">horário de verão </span>na Bahia é possível. Sim. A justificativa costuma ser que para as pessoas que saem muito cedo, o dia fica escuro. Será que o volume de pessoas que sai de casa antes das 5h45 da manhã é tão grande assim, a ponto de os considerarmos como contingente mais relevante do que aqueles que estão às 19h fora de casa?<br /><br />Governantes, acordem cedinho um dia e repensem a decisão. Teríamos dias mais longos e mais produtivos por aqui.Gabriela de Paulahttp://www.blogger.com/profile/02673721776935815118noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4400631785778356880.post-9380422194586137262010-12-27T19:08:00.004-03:002010-12-27T19:22:06.479-03:00Quem não tem balangandãs....<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6-O6appWBR_MHbh_zqKWl6VZNO4YrR-RNBUiG9NvEYsUyf6AVSPXnfJ_eeUGdSs7TCDsoxkgqV6G7XgrnSa_it7UflTYQpQwYhNI7enNjID6dxiJRzt0WrNKOzklZSuKrvGdxRLYu3VUb/s1600/19122010196.jpg"><img style="display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center; cursor: pointer; width: 300px; height: 400px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6-O6appWBR_MHbh_zqKWl6VZNO4YrR-RNBUiG9NvEYsUyf6AVSPXnfJ_eeUGdSs7TCDsoxkgqV6G7XgrnSa_it7UflTYQpQwYhNI7enNjID6dxiJRzt0WrNKOzklZSuKrvGdxRLYu3VUb/s400/19122010196.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5555490873262103058" border="0" /></a><br />Fim de semana passado, recebi amigos em casa. Como é tradição, fizemos o <span style="font-weight: bold;">city tour</span> em Salvador. Admito que fiquei feliz e surpresa ao ver que o Centro Histórico está melhor do que das últimas vezes que estive por lá com turistas. O pessoal do crack está em menor número, os prédios estão mais bonitinhos, mas ainda há um longo chão.<br /><br />Uma das coisas que não consigo entender é como a cidade que vende ter <span style="font-weight: bold;">uma igreja pra cada dia do ano </span>mantém as portas de seus templos cerradas. Sim, promovemos o turismo religioso, mas quando chegamos na Ordem Primeira de São Francisco, num domingo, a igreja conhecida por ser a mais rica do Brasil estava fechada. A viagem não foi perdida porque a Ordem Terceira, dos leigos franciscanos, recebia visitantes, com um guia muito solícito e tudo. Nos cobrou R$ 20 reais ao fim do tour, tudo bem, mas a explicação valeu a grana. Há dez anos não consigo entrar na Igreja de São Francisco.<br /><br />Na <span style="font-weight: bold;">Santa Casa da Misericórdia</span>, o passeio foi interessante. Vimos o museu, conhecemos seus "benfeitores", mas na hora da Igreja... Fechada porque se preparava para um casamento.<br /><br />Descemos o<span style="font-weight: bold;"> Elevador Lacerda </span>- com apenas uma das quatro cabines em funcionamento - que decepciona nove entre dez turistas que apostam ser o ascensor panorâmico. Lá embaixo, <span style="font-weight: bold;">Mercado Modelo</span> fechado.<br /><br />Voltamos para o carro e rumamos para a <span style="font-weight: bold;">Colina Sagrada</span>. Não dá para sair de Salvador sem as bênçãos do <span style="font-weight: bold;">Nosso Senhor do Bonfim</span>. Lá, uma bela missa cantada. Amarramos fitinhas na grade, compramos souveniers e até garrafinhas de água benta. Valeu a ida.<br /><br />Me pergunto: como podemos querer que nossos turistas saiam felizes e realizados se nossas atrações não permitem visitas? O que há de errado na política de turismo que não vê que é preciso conversar com Arquidiocese, Associação Comercial, Secretaria de Transportes e mais sei lá quantas entidades para que seja proveitoso vir à Bahia? Daqui a pouco 2014 chega. Vamos ficar no amadorismo?Gabriela de Paulahttp://www.blogger.com/profile/02673721776935815118noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4400631785778356880.post-35307096711968608092010-12-27T17:41:00.002-03:002010-12-27T17:42:55.155-03:00Beira de estradaEsta foi vista na Linha Verde:<br /><br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOWtWOdx4VelAmFcsswcm5HpEmatQHfFT43pOh1lBs0vtxMBblN9sFlR33fB6C2pjlecmm8iTLia0ugZZFRXTTajNyLAXqbIirdPH04N7Y6_ySUfuzJ8hCXb9XGYW0C9ZmCBm9mEPmGh46/s1600/mangas.jpg"><img style="float: left; margin: 0pt 10px 10px 0pt; cursor: pointer; width: 300px; height: 400px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOWtWOdx4VelAmFcsswcm5HpEmatQHfFT43pOh1lBs0vtxMBblN9sFlR33fB6C2pjlecmm8iTLia0ugZZFRXTTajNyLAXqbIirdPH04N7Y6_ySUfuzJ8hCXb9XGYW0C9ZmCBm9mEPmGh46/s400/mangas.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5555465078741759362" border="0" /></a><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br />Balaio de mangas: "se não vai me chupar, não me amasse!!!"Gabriela de Paulahttp://www.blogger.com/profile/02673721776935815118noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4400631785778356880.post-56631077091057459522010-12-27T13:03:00.003-03:002010-12-27T20:43:40.626-03:00Promessa de Ano NovoGanhei de Natal presentes que nunca poderia imaginar ter. Nenhum veio embalado com fita de cetim, mas foram todos os mais especiais que já tive.<br />Então, faço a promessa de Ano Novo. Estarei de volta por aqui, dando os meus pitacos e compartilhando com vocês. Quero retribuir o que ganhei.<br /><br />Quem quiser conhecer o <span style="font-weight: bold;">meu lado maria-mole</span>, já que este aqui é meu cantinho de menina-durona, pode dar uma olhada em <a href="http://recantodasletras.uol.com.br/autores/gabrieladepaula">http://recantodasletras.uol.com.br/autores/gabrieladepaula</a>. Aqui estão os meus textos mais<span style="font-weight: bold;"> reflexivos, poéticos</span>... Se quiserem ser cobaias...<br /><br />Pra não perder a deixa: pontos turísticos que fecham aos sábados são contraproducentes para uma cidade que quer se vender como destino de férias!<br /><br />Falo disso no próximo post.Gabriela de Paulahttp://www.blogger.com/profile/02673721776935815118noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4400631785778356880.post-24935350533375268062010-10-11T20:26:00.000-03:002010-10-11T20:27:20.421-03:00A volta dos que não foramTantas obrigações me afastaram destas pradarias, mas prometo a volta. Aos poucos, estarei cá de volta.Gabriela de Paulahttp://www.blogger.com/profile/02673721776935815118noreply@blogger.com0