segunda-feira, 31 de maio de 2010

Reforma ortográfica de 2031

Eu que ainda não me desapeguei do trema e acredito que falta alguma coisa em idéia sem acento, começo a pensar em como será a próxima reforma ortográfica. Pior: como será a próxima geral na gramática. Gerundismo será incorporado e todos poderemos estar construindo frases num futuro contínuo. Advérbios de intensidade serão flexionáveis em gênero, com menas problemas pra muita gente se expressar. O verbo ser ganhará variantes no futuro do subjuntivo, para que ele seje incorporado ao cotidiano. O verbo haver finalmente vai poder ir de acordo com a pessoa, deixando pra trás um tempo em que houveram confusões.

É, meus caros. Espero não estar viva para ver minha língua escarrar na língua de Luís de Camões. A minha pátria vai cometer matricídio com a nossa língua.

A pressa é inimiga da refeição


A dura rotina de quem só consegue almoçar em frente ao computador é um atentado contra a boa gastronomia. Hoje, almocei cinco da tarde, um sanduíche da McDonalds entregue por um motoboy. Se não bastasse ser ruim e pouco saudável, ainda comi frio. Se eu tivesse pensado um pouco mais, teria voltado aos conselhos de Faustão (que está em Angola) e pedido comida no Alecrim Delivery. Pelo menos, a culpa e a azia seriam menores.


Quem vê tanta notícia?

Tenho um pacote de tv por assinatura com mais de 140 canais e cheguei, ontem à noite, à conclusão de que são apenas mais opções para eu descartar. Dois ou três canais de filmes reprisam, diariamente, Melhor é impossível. Por melhor que seja, é impossível aturar tanta repetência. Já virou piada lá em casa. "Adivinha o que está passando?" "Melhor é impossível".

A apelação para reality shows está me surpreendendo. De educadoras para cachorros a belezuras que disputam jogos com meninos tidos como esquisitos, tudo vale à pena, para almas apequenadas.

domingo, 30 de maio de 2010

Cultura do "já vai tarde"

Não entendo, nem aceito, esta mania que domina as cerimônias funerais de enterrar correndo os mortos. Ontem, morreu Wilson Melo, ator querido do teatro baiano. Quatro e meia da tarde já estava tudo encerrado. Por que não dar a amigo e parentes o tempo de velar os mortos, sentir a perda e absorver a falta que aquela pessoa vai fazer? Parece vontade de se livrar logo do problema da dor.

Perdi a conta de quantas vezes soube da morte de alguém já com o funeral encerrado. Em outros países, as cerimônias levam dias, até semanas. Dão tempo das pessoas chegarem para prestar as últimas homenagens. Mas, por aqui, estamos na cultura do imediatismo. Não é justo que tratemos nossos mortos com tanta pressa.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Criando um canto

Já tentei blogar outras vezes. Agora, amaciada pelo Twitter, recomeço esta tarefa. Aos amigos, bem vindos. Aos outros... também.