sexta-feira, 1 de abril de 2011

Competitividade, covardia e outros bichos

Estou meio filosófica, então me permitam pensar sobre as coisas que tenho visto.

Se eu pudesse definir o comportamento da maioria das minha pessoas do meu entorno, usaria uma famosa frase do baianês: farinha pouca, meu pirão primeiro. Solidariedade, companheirismo e parceria são palavras fora de moda no discurso dos atos.

Tenho me supreendido negativamente com o nível de egoísmo. Por que fazer algo por alguém se isso pode me colocar em risco? Por que proteger quem eu acho que merece, se isso vai exigir esforços da minha parte? O medo tomou conta das pessoas num momento em que nossa História parece marcada pela liberdade, democracia e oportunidade. Sentem-se acuados e como bichos diante da tempestade, recolhem-se às cavernas.

Acordei hoje com um trechinho de Milton Nascimento, como disco riscado em minha mente.

"Pois não posso
Não devo
Não quero
Viver como toda essa gente
Insiste em viver
E não posso aceitar sossegado
Qualquer sacanagem ser coisa normal"

A competitividade tem impelido os mais fracos a atitudes egoístas e covardes. Que pena. Este caminho parece tranquilo, mas é bem curto.


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